quarta-feira, 13 de maio de 2009

Homenagem a Baudelaire... Charles Pierre Baudelaire.

Flores do Mal
(A Destruição)


Sem cessar ao meu lado o Demônio arde em vão;
Nada em torno de mim como um ar vaporoso;
Eu degluto-o a sentir que me queima o pulmão,
Enchendo-o de um desejo eterno e criminoso.

Toma, ao saber o meu amor à fantasia,
A forma da mulher, que eu mais espere e ame.
E tendo sempre um ar de pura hipocrisia,
Acostuma-me a boca a haurir um filtro infame.

Ele conduz-me assim long edo olhar de Deus,
O peito a repartir-se de morna exaustão.
Pelas terras do tédio, infinitas, desertas,

Para depois jogar os torvos olhos meus
Ascorosos rasgões e feridas abertas,
E os aparelhos a sangrar da Destruição!

* Homenagem á esse grande poeta Maldito, escritor de uma forma magnífica, ópio, haxixe, vinho... tudo sobre o que ele escreve é uma grande matéria ilusionista e verdadeira, de sentir o caos dentro de sí.

Deimien Deinch.



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