Flores do Mal
(A Destruição)
Sem cessar ao meu lado o Demônio arde em vão;
Nada em torno de mim como um ar vaporoso;
Eu degluto-o a sentir que me queima o pulmão,
Enchendo-o de um desejo eterno e criminoso.
Toma, ao saber o meu amor à fantasia,
A forma da mulher, que eu mais espere e ame.
E tendo sempre um ar de pura hipocrisia,
Acostuma-me a boca a haurir um filtro infame.
Ele conduz-me assim long edo olhar de Deus,
O peito a repartir-se de morna exaustão.
Pelas terras do tédio, infinitas, desertas,
Para depois jogar os torvos olhos meus
Ascorosos rasgões e feridas abertas,
E os aparelhos a sangrar da Destruição!
* Homenagem á esse grande poeta Maldito, escritor de uma forma magnífica, ópio, haxixe, vinho... tudo sobre o que ele escreve é uma grande matéria ilusionista e verdadeira, de sentir o caos dentro de sí.
Deimien Deinch.
Um brinde ao grande Baudelaire!!
ResponderExcluirBjins entre sonhos e delírios