Sentiu-se triste como uma casa vazia. Ao seu redor sobrava a banqueta e a janela, a baqueta que usava para espiar a neve que caia aos poucos, em determinadas noites, em determinadas épocas do ano, mas sempre ele lá: sozinho e triste.
Não que ele não quisesse uma companhia, mas sim que ele era sua melhor companhia, uma companhia melancólica que ja sabia tudo o que iria ser dito na próxima conversa, entendia com o que se exaltaria e também com o que o deixaria mais calmo. Mas ainda sim, sua melhor companhia.
Uma gota de luz no interior, era tudo o que restava para ele: um cidadão-solidão-comum, uma pessoa que mau se alimentava, que quase não bebia água e se duvidasse que chegaria á transpor dias e noites a fio, somente olhando a velha cidadezinha no interior de um país qualquer onde as ruas são feitas de enormes pedras, onde as carruagens passam, onde as pessoas brincam no campo com suas roupas quente.
Estava ele ali novamente, no seu banco, vendo as pessoas e pensando por que nunca brincou ou amou como todas aquelas pessoas, ele não entendia o que quer que seja sobre qualquer coisa, só sabia sentar e esperar pela próxima nevada.
Até que um dia a casa seria triste e vazia, e só restaria a banqueta, a janela e a neve de tempos em tempos em determinadas épocas do ano, que o seu dono não estaria ali para ver, além de tudo, ele era sua própria casa, sua própria banqueta, sua própria esperança, e nada, nada além dele e tudo ao seu redor conseguiria ser mais triste, sozinho e frio quanto sua casa.
Vim dar uma olhada! Está bacana! e Muita fumaça (no bom sentido) pra nós!
ResponderExcluirDu,como diz:""Uma gota de luz no interior, era tudo o que restava para ele:""
ResponderExcluirCreio que seja o que basta pra mudar todo um cenário,pois ainda que ao redor haja milhões de seres ou nenhum ser; se esse fio de luz se fizer presente, a esperança não fenecerá...
Bjins entre sonhos e delírios